A estratégia montada se resguarda com toda uma estrutura de segurança
para não abrir mão da integridade de quem trabalha na obra.
Depois de vencer as intempéries naturais que reduziram o andamento
das obras ao longo de toda esta semana, o trabalho de montagem do primeiro
A-Frame, instalado na margem do município de Moju, chegou à fase final
nesta sexta-feira, restando pouco menos de 5% do processo a ser concluído.
Com isso, já se adota a próxima semana como prazo para a retirada
da primeira das duas línguas de concreto pendentes da estrutura da
ponte Moju Cidade. As atividades têm entrado pela noite e seguem também
durante os finais de semana. Tudo para compensar os intervalos provocados pelos
ventos fortes e chuvas intensas que têm afetado a região e que obrigam paradas
pontuais dos trabalhos, em diferentes partes do dia.
“Estamos trabalhando com um guindaste e três plataformas aéreas (muck
para elevar trabalhadores). Não dá para levar esse tipo de
empreitada à frente com os ventos de até 95 quilômetros por hora que
atingem a ponte. É um trabalho complexo e necessário, mas há de seprezar, primeiramente, pela segurança”,
explicou o engenheiro de produção da obra, Thiago Garcia. Depois da
conclusão da etapa de solda, o A-Frame receberá os cabos de atracação que
ligarão os quatro strand-jacks (macacos hidráulicos) às partes de concreto que
ficaram penduradas na estrutura restante da ponte.
Ao mesmo tempo, o A-Frame no lado da ponte que fica para Abaetetuta
também passa por trabalhos de montagem, que já avançaram em 75% do
cronograma. Essa estratégia é possível porque as duas estruturas são
independentes. Cada A-Frame mede, em média, dez metros de altura e pesa cerca
de 30 toneladas. O processo de instalação conta com o apoio de cinco balsas
posicionadas na base do vão que separa a ponte em duas partes. Além de
equipamentos para a conclusão dos trabalhos, a estratégia montada se resguarda
com toda uma estrutura de segurança para não abrir mão da integridade de quem
trabalha na obra.
Simultâneo – Por mais que grande parte da atenção seja dedicada ao processo de
montagem dos A-Frames e a consequente retirada das línguas de concreto, é
importante deixar claro que várias outras ações para acelerar o processo de
reconstrução da ponte Moju Cidade são realizadas simultaneamente. Entre elas
estão a retirada dos restos do pilar derrubado e demais entulhos do fundo do
rio, a construção das novas vigas, feitas em Belém, montagem do canteiro de
obras ao lado da ponte, sem falar no trabalho de ordenamento da travessia por
balsas sobre o rio Moju, que será, inclusive, monitorado por câmeras instaladas
sobre a ponte.
Após a retirada das línguas de concreto, terão início os trabalhos de
fundação para a construção de um novo pilar de sustentação da ponte. Essa obra
será inteiramente nova, já que todo material restante da antiga estrutura foi
devidamente demolido e retirado do fundo do rio. “Como dependemos das
intempéries, não se pode precisar os prazos dessas etapas futuras. Mas o
importante é todos saberem que não haverá redução de esforços. Nosso empenho
tem sido intenso para que o projeto seja concluído dentro dos prazos
estabelecidos com o governo do Estado”, concluiu Tiago Garcia.
A ponte Moju Cidade
é a principal via de ligação entre a Região Metropolitana de Belém e o sul e
sudeste do Pará. O ordenamento na travessia de carros e pedestres tem diminuído
consideravelmente o tempo de deslocamento entre as duas partes do rio. A
estrutura da ponte foi afetada durante a manobra mal sucedida de uma balsa
carregada com 900 toneladas de óleo de palma, há pouco mais de um ano. A obra
de reconstrução que está sendo feita no município do Moju é inédita no Brasil.
Pedro
Paulo Blanco
Secretaria de Estado de Comunicação
Secretaria de Estado de Comunicação
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