sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Montagem do equipamento para retirada de línguas de concreto atinge 95%




A estratégia montada se resguarda com toda uma estrutura de segurança para não abrir mão da integridade de quem trabalha na obra.
Da Redação
Agência Pará de Notícias

Atualizado em 05/06/2015 17:37:00
Depois de vencer as intempéries naturais que reduziram o andamento das obras ao longo de toda esta semana, o trabalho de montagem do primeiro A-Frame, instalado na margem do município de Moju, chegou à fase final nesta sexta-feira, restando pouco menos de 5% do processo a ser concluído.
Com isso, já se adota a próxima semana como prazo para a retirada da primeira das duas línguas de concreto pendentes da estrutura da ponte Moju Cidade. As atividades têm entrado pela noite e seguem também durante os finais de semana. Tudo para compensar os intervalos provocados pelos ventos fortes e chuvas intensas que têm afetado a região e que obrigam paradas pontuais dos trabalhos, em diferentes partes do dia.
“Estamos trabalhando com um guindaste e três plataformas aéreas (muck para elevar trabalhadores). Não dá para levar esse tipo de empreitada à frente com os ventos de até 95 quilômetros por hora que atingem a ponte. É um trabalho complexo e necessário, mas há de seprezar, primeiramente, pela segurança”, 
explicou o engenheiro de produção da obra, Thiago Garcia. Depois da conclusão da etapa de solda, o A-Frame receberá os cabos de atracação que ligarão os quatro strand-jacks (macacos hidráulicos) às partes de concreto que ficaram penduradas na estrutura restante da ponte.
Ao mesmo tempo, o A-Frame no lado da ponte que fica para Abaetetuta também passa por trabalhos de montagem, que já avançaram em 75% do cronograma. Essa estratégia é possível porque as duas estruturas são independentes. Cada A-Frame mede, em média, dez metros de altura e pesa cerca de 30 toneladas. O processo de instalação conta com o apoio de cinco balsas posicionadas na base do vão que separa a ponte em duas partes. Além de equipamentos para a conclusão dos trabalhos, a estratégia montada se resguarda com toda uma estrutura de segurança para não abrir mão da integridade de quem trabalha na obra.
Simultâneo – Por mais que grande parte da atenção seja dedicada ao processo de montagem dos A-Frames e a consequente retirada das línguas de concreto, é importante deixar claro que várias outras ações para acelerar o processo de reconstrução da ponte Moju Cidade são realizadas simultaneamente. Entre elas estão a retirada dos restos do pilar derrubado e demais entulhos do fundo do rio, a construção das novas vigas, feitas em Belém, montagem do canteiro de obras ao lado da ponte, sem falar no trabalho de ordenamento da travessia por balsas sobre o rio Moju, que será, inclusive, monitorado por câmeras instaladas sobre a ponte.
Após a retirada das línguas de concreto, terão início os trabalhos de fundação para a construção de um novo pilar de sustentação da ponte. Essa obra será inteiramente nova, já que todo material restante da antiga estrutura foi devidamente demolido e retirado do fundo do rio. “Como dependemos das intempéries, não se pode precisar os prazos dessas etapas futuras. Mas o importante é todos saberem que não haverá redução de esforços. Nosso empenho tem sido intenso para que o projeto seja concluído dentro dos prazos estabelecidos com o governo do Estado”, concluiu Tiago Garcia.
A ponte Moju Cidade é a principal via de ligação entre a Região Metropolitana de Belém e o sul e sudeste do Pará. O ordenamento na travessia de carros e pedestres tem diminuído consideravelmente o tempo de deslocamento entre as duas partes do rio. A estrutura da ponte foi afetada durante a manobra mal sucedida de uma balsa carregada com 900 toneladas de óleo de palma, há pouco mais de um ano. A obra de reconstrução que está sendo feita no município do Moju é inédita no Brasil.
Pedro Paulo Blanco
Secretaria de Estado de Comunicação










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