quarta-feira, 8 de junho de 2016

Agente conhecido como 'japonês da Federal' é preso em Curitiba (PR)

Newton Ishii ficou conhecido por conduzir presos da Operação Lava-jato. Mandado de prisão foi cumprido na tarde desta terça-feira. Ele é acusado de corrupção por facilitar a entrada de contrabando no país pela fronteira com o Paraguai.
O agente da Polícia Federal Newton Ishii, que ficou famoso pelo apelido “Japonês da Federal” durante as ações da Operação Lava Jato, foi preso nesta terça-feira (7), em Curitiba, no Paraná.
O mandato foi expedido pela Vara de Execução Penal Justiça Federal de Nova Iguaçu, no mesmo Estado. Os agentes da Polícia Federal encaminharam Newton até a Superintendência do órgão na capital paranaense, mas não informaram o motivo da prisão.
Newton chegou a ser citado na gravação de uma conversa entre o senador Delcídio Amaral e membros do goveno sobre a elaboração de um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras,  Nestor Ceveró. Na conversa, Newton é apontado como o responsável por vazar informações de operações sigilosas à imprensa.
Ishii foi preso, em março de 2003, nos primeiros meses de governo Lula, na Operação Sucuri, junto com outros 22 agentes da Polícia Federal, sete técnicos da Receita Federal e três policiais rodoviários federais, todos de Foz do Iguaçu, na Fronteira do Paraná com o Paraguai. Também foram atingidos contrabandistas e intermediários.
Segundo a denúncia, os servidores públicos “se omitiam de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular uma fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria“.
Preso em 2003, condenado em primeira instância em 2009, Ishii manteve-se no cargo enquanto seu recurso não era julgado. O agente chegou a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou seu retorno ao trabalho.
Em março deste ano, o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de recurso Especial, manteve a condenação dos agentes envolvidos.
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